segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Nada, amor meu

Nada, amor meu

Eu queria escrever um poema pra você
Pra dizer o que não sei dizer.
Do quanto eu sofri —
e ainda sofro —
Por não saber medir
O tamanho do que sinto por ti.

Que me valha a sorte
De te encontrar por aí.
No olhar, um corte,
Por trás dos óculos —
Uma lágrima a cair.

Nas lâminas da morte,
Morrem os sentimentos,
Pra que, muitas vezes,
Se acabem os sofrimentos.
Se calem os reveses.

Não há anamnese
Que cure os ferimentos
Do coração no peito,
Da dor do indesejo.

Ensejo, não tenho. Aceito.
O que pode ser feito?
Nada.
Amor meu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário