quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cheia

E a chuva não para
Ela cai como minhas lágrimas não puderam cair
Causa a cheia
A tormenta atormenta
Caminhos tomados não podem ser desfeitos.
Carinhos.
Estou aqui, do outro lado
Você pode me ouvir?
Estique o braço, estenda a mão, me alcance.
Não solte, por favor.
Hoje não chove.
Mas gotas salgadas borbulham.
Sua mãe, minha mãe.
Braços, peitos e pernas.
Por que a voz sai tão rouca?
Sinto uma coisa aqui.
Estremeço, esqueço
Que todas as lembranças já me torturaram.
Vagueio por aí, tentando chegar em casa
Outra película me espera.
Nada é tão fácil como um filme americano

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