quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Prosa contigo

Toda vez que tento esquecer que vc está no limiar do meu filete de emoções, recordo que não haveria dia se não fosse o meu bom dia. Toda vez que tento esquecer que um dia tudo já foi alegria, me vem à memória todos os lances mal executados e o seu xeque-mate, sua jogada doentia. Mas que valentia! A mesma coragem eu não teria . Agora amo, amo e amo. Não envenene o meu amor, por favor, castor. Não invente de rimar com dor, a dor que deveras sente, que já foi amor. Minha flor! Doce de maracujá! Não me pergunte se sei amar. Rá! Resposta não terá. Eu também não tive. Consequências essas de um passado não tão remoto. Envolto em sementes da ilusão. Não é mole não, paixão. Agora sou eu que estou com borboletas no estômago. Estou amaldiçoado pela loucura da vontade de casar. Mas pq será? Ouço sinos, vejo corações, sensações acontecendo, cenários, momentos.. aqueles da vida vadia. Serena esboça um sorriso. Meu amor, meu amor. Eu já não te amo mais, já tem um tempo. Agora é só um resto de sentimento. Que pena ex-amor, que pena. Agora eu tenho uma nova pequena. Que ilumina tudo! E adivinha só? Achei nos olhares, nas coincidências, no nervosismo, no longo tempo, na gargalhada, na vida simples, na nudez e maciez da pele. No olhar.. no olhar.. que olhar.. Na língua, na alma, na palavra.
Amo, amo e amo. Sinceramente e honestamente. Que a doçura desse encanto perdure. E vc, meu ex cantor, salve-se da dor.

Festinvidade!

Comando Delta da galáxia Gama
Dai de comer aos famintos
E aos que zombam da minha paixão,
que achem o caminho do eterno
Aos que vangloriam a nação,
Que partam aos quatro ventos.
Oh clamor da alma!
Oh sabor da estação!
Que a chuva não se encolha,
diante das lágrimas de lama.
Aurora multicolores!
Momentos!
Farta melodia de sons indolores
cometa um enxame de cometas
A sorte bandida é minha,
que vasta se estende esguia
Poderes já não bastam.
A virtude é tardia.
Floreios e borrões na casa dos falastrões
exumem os corpos em decomposições.
De gênios atordoados, composições.
Arrependidos, esmorecidos.
Coroados.
Por largar a felicidade assim
Já quase no fim.
Nada de festim.
Não se tem tudo, não se tem nada.
Oh fada!
Que presente me destes.
Quero uma vida no campo,
Plantar, colher, comer, amar, sonhar, tocar, musicalizar
Até que um dia nada mais exista.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ancestrais

Eu os invoco, ancestrais
Eu os convido para sair
Eu os chamo ancestrais
Venham do tempo perdido
Venham tomar um açaí
Eu os clamo, imortais
Vamos beber mais, chorar mais.
Vamos saber mais.
Uma festa espontânea?
Eu gosto do fato de não sermos parecidos
Antigos ancestrais,
Sei que vcs não têm o canino protuberante
Surjam em um rompante
E façam tudo isso acabar
Protejam-me
Envolvam-me de luz branca
Para que eu continue caminhando
Rumo ao meu lar.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Fanfarra

Vai lá fanfarrão!
Desce o morro e me chama de vilão!
Num esporro você perde o tesão..
Não é rosa não!
É espinho.
Desgosto do rosto deslavado de emoção.
Sem ninho, pequenininho.
Vai lá paparrotão!
Negue a bazófia.
Plume a jactância.
Ostente a vanglória.
Impostor! Gabarola!
Galinha d'Angola!
Não me encha de esmolas
Que te derrubo no chão.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Varinha de condão

Ouvindo o ruído nervoso
Do já rarefeito ar
Aquele aperto no coração
Não faz mais meu peito arfar
Doce lembrança de um alvorecer tardio
Refaço as cores do inimigo
Embolo as dores no cordão doentio
Danço, canto e exalo minha rouquidão
Por vezes tão só no cenário da solidão
Vermelho e lânguido e pálido
Canção
Verde nos vales e campos
Dormência na imensidão
Corte e vã colisão
Entendo, empreendo, abandono
O que já foi uma eterna paixão

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Paixão

Oh balão gigante!
Prestes a estourar
Cheio de ar quente
Ecoa aos sete ventos
A voz da mais antiga dor
Ah vida serena!
De tortas na cara
De inveja e ciúmes
Oh caos incompleto!
Cheio de veneno doce da ilusão
Oh sonho que não tem fim!
Deixe-me morto no final
Oh mais sangrenta das batalhas!
Derrama o líquido pelos poros
As folhas do inverno caíram
Oh casca da mais pura casta!
Rejuvenesça
Adentre a atmosfera de vinil
Até outra dimensão
Tire-me daqui
Que já não posso com tamanha indecisão
Oh veias verdes!
Caminha ao lado do amigo visível
Oh canto mais tântrico!
Lava minha alma com ardor
Que as cores já não respondem
O preto negado, o branco exaltado
Oh imensidão dos cosmos!
Paraliza e organiza minha emoção
Venha direto para o meu umbigo
Não saia daí por nada
Oh garoa que cai fina!
Leve-me daqui
Oh sol da escuridão!
Marcha sem vontade pelo azul
Faz as horas passarem
Que me curo de uma paixão.
De novo.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O silêncio

O silêncio

O silêncio me agonia
É por isso que quebro a monotonia
Nós escrevemos um bad romance (with great chapters),
And now I don't wanna be friends
Nós fizemos história
Pra ficar na memória
Só entende quem namora
Nós esperávamos acontecimentos
I don't want to crucify the things you do
Que pena, que você não é a minha pequena.
Creio que pra sempre vou te amar
Por toda minha vida
Pq eu só sei amar, pra vida inteira
Mas agora não. Está em transformação.
Te cuida meu bem.
Não vacile.
Mantenha-se vivo enquanto puder.



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Crucifica

Tendo cristo
Tenho cristo
Tendo cristo ressuscitado
Tenho cristo
Tendo cristo me amado
Tenho cristo
Tendo cristo sido crucificado
Tenho cristo
Tenho cristo olvidado?
Tenho

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Náufrago

Mande por favor senhor,
um sinal de fumaça
pois meu coração está em brasa
Que dor, senhor
Tem um furo aqui
É agora ou nunca
Se mexa ou esqueça
A hora é essa
Corra para os meus braços
Venha para mim
Ainda há tempo
Venha senhor
Pq amor é diferente de amar.
O manjar dos Deuses não espera
Deixa esse redentor de lado
E venha para o meu lado



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

sábado, 15 de setembro de 2012

Meses de ingratidão

Porque você me deixou aqui
Deixou-se esquecer-me
De tanto saber-me
Querê-me, querê-me
A valsa cotidiana foi dançada com alguns erros
Arregos
Preço alto a se pagar
Junina festa que era
Agosto desgosto que foi
Setembro quente
E outubro?
Coração rubro?
De encanto e sofreguidão
Encolhendo de tanta paixão
Amor que dói,
Saudade que mói,
Ciúme que rói.
Vai sem direção, vai.
Vai ser livre.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Roupas verdes no varal

Contato no meio do mato
Pra não sair do armário
Escondo emoções num sapato
Perdido no meio da selva
Sem nenhum escapulário
Monstros verdes do ciúme
Não deixam nada impune
Martirizam a dor incólume
E dilatam seu perfume
O rosto amargo do sudário
Não olha pra nenhum pecado
Que raro
Inutiliza e paralisa
O incenso, a morfina.
Não mato os maus hábitos
Em prol da companhia
Só, somente o deserto árido
Roupas quentes no varal
Balançam ao sabor do vento

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Erva-mate

Chegaremos em algum lugar
de balão
Lá dentro do planeta Sião
Viajaremos por horizontes
Que a lágrima não doa
Que a saudade não mate
Quero eu em seu panteão
Perdoa vai, perdoa
Entoa o hino dos mortais
Vamos celebrar a união
Porque aqui tem mate
Vamos fazer um chimarrão
Fica vai,
Não me dê um cheque-mate
Dê-me alguma emoção
Não vá embora, ainda não
Que a dor em meu peito late
E a desconfiança magoa
Por isso perdoa
Não minta,
Só sinta
De verdade,
Porque aqui tem erva-mate
E cerveja, e tem mais..




terça-feira, 14 de agosto de 2012

Falo

Acariciando as pálpebras nuas
Num andaime irregular
Coberto de vestes cruas
Não ando por aí a dançar
Proclamo a ida vadia
Pois não ouso reclamar
Acolhendo vermelha volúpia
Gemendo seu nome a voar
Corrijo beiras de abismos
Finos, quase expostos
Não jogo luz aos porcos
Nem nos dorsos
Indecente são os corpos
As mentes em copos
Vazios a suar.
Viajo certeiro e risonho
Minha sina não sei qual é
Ouvindo a voz do desgosto
Contemplo o seu rosto, a fé.
A cor brilhante fulgura
No horizonte partido em dois
Comenta o amor, um esboço
Do que pode ser ou já é.
Crime vasto e sujo
Ou vida plena e sã
Corro do velho fogoso
Tão tarde seja o gozo.
Falo, falo, falo
Esticados por aí
Encurvados
Agraciados por Javé
Tirlintando cometas nervosos
Jocosos, morosos
Cheirando rapé
Duvido do moço bom-moço
Replico sua intensa maré.
Vai e não volta,
Gritaria e novela.
Oh, que alvoroço
Tudo por causa de uma mulher
Maria tão envolvente
Silencia e paraneia
Vulgo vento ardiloso
Sobe os rojões da Sé
Comendo patas de rã
Sobrevoo a morte azulada
Num flerte com o prazer insólito
Conjugo a alternância do meu pé
Invento, finjo.
E quem pode continuar assim?
Realidade não é só pra mim.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Azul do mar e do céu.

Eu vi o céu azul
Azul na cor do mar de noite
Azul turquesa
Azul anis
Azul usina
E a lua lá em cima
Cresce lua, cresce.
Desce para esse mundo, desce
Não desaparece
Enlouquece, mas não desaparece
Eu vi o mar escuro
passando a língua na areia
e o passado obscuro
resplender e esmorecer
Eu vi o vulto azul
Lá distante na colina
Se espalhar no horizonte
Eu não queria Serafina
Eu vi o mar gigante
Espalhar a sua morfina
E nem o olhar do gigante
Para por fim na Ritalina
Sofia, Camboja, Serena.


sábado, 7 de julho de 2012

To de cara da vida

To de cara na vida
Cara lavada
Louco love louco
Vermelhos compassos desfazem a imensidão
Olha o clarão da demora
Azuis se foram de tão blues
Corra vida
Mas não morra
Chova,
Oh que bem poderia me fazer qualquer coisa
Qualquer coisa que não preciso
Preciso daquilo, e daquilo outro
Oh não chora..
Que o que o vento sopra
É o que a sorte leva.
Cadê o seu perfume pela casa?
Cadê você na minha cama?
Vem, me ama.
Ok, vou arrumar a casa.

domingo, 3 de junho de 2012

Nah.. pô, leão

Napoleão não fez nada sozinho
Ah Napoleão, era tão baixinho
Napoleão gostava de um escurinho
Ah Napoleão, se eu te achasse novamente
Diria que careces de uma barba
Amadureça homem
Ajude-me nessa tarefa de não viver solitário
Aceite a oferta da vida, homem
Não deixe ela passar
Ela pode não voltar nunca mais
E aí só adianta chorar.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cheia

E a chuva não para
Ela cai como minhas lágrimas não puderam cair
Causa a cheia
A tormenta atormenta
Caminhos tomados não podem ser desfeitos.
Carinhos.
Estou aqui, do outro lado
Você pode me ouvir?
Estique o braço, estenda a mão, me alcance.
Não solte, por favor.
Hoje não chove.
Mas gotas salgadas borbulham.
Sua mãe, minha mãe.
Braços, peitos e pernas.
Por que a voz sai tão rouca?
Sinto uma coisa aqui.
Estremeço, esqueço
Que todas as lembranças já me torturaram.
Vagueio por aí, tentando chegar em casa
Outra película me espera.
Nada é tão fácil como um filme americano

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Labirintos partidos

Descambado para o lado
Como folhas secas num arado
Sozinho no meu conjugado, no meio do cerrado
Reflito e sofro calado

Do tanto que eu disse
Não quero mais dizer
Perguntas e estruturas matemáticas
Se espalham em minha cabeça

Comprometo a sensibilidade
Em busca da fidelidade
Mas qual é a recompensa?
Capitalista de merda
Você ou o outro?

Prazer tremendo retaliado
Bem estar social aclamado
Vivida a vida sem formato
Compilo as experiências do anonimato
Oh fado! Sentir tamanho contato.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Ana

Verdade e vida não se complementam
Caras de ogros discutem o conhecimento
Homens de becas e fardas comandam as formigas
A podridão se explica na forma da organização
A falta de governo não indica morte
Mas sim os assassinos sem educação
Oh criança perdida, aprenda a amar
E não precisará ser comando em ação

Love me love me

Gotas de luar despejam da sua face
Nos seus olhos, expressões faciais, boca, dentes
As linhas de sua aura resplandecem para fora de seu ser,
de seu jardim.
Movimentos feitos em terceira dimensão
Laçam o meu coração desprevenido
Será preciso ficar só?
Oh amor!! Just love me
Nothing else.

?

Terá tchaus pela frente
Te racho a cara pelas costas
Te boracho mañana
Q quiseras acometido
Linda noite feia
Calada e preta
Vida, vinde e venci
Caramiolas na cabeça
Join e junte-se
Sínquese e síneque
Valha-me gente.

Tiro ao álvaro

Para não dormir e sentir calor
o álvaro alvará?
Ventos rodeiam a minha cabeça
explodem em halos.
Ruídos amarelos entrecortam
Em costas de marfim e mármore.
Mamutes e elefantes se encontram,
jantam à mesa
Comer e rezar?
A centopeia cintilante
Paira doida no ar.

Sala de passe

Lobíforo, lobóforo
Isótono, isônomo
cheio de frescor anônimo
ardor da carne alheia
vítimas da exploração
de um olhar imperador
Vício descontido
Dar-se-á o fruto da imaginação
prescrição e psicografação
Ritos de passagem e desenterros
Desvendam a mente impetuosa.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O cético

Vai o cético abrir as portas da consciência
aquele que não perdoa negligência
entrega-se a indulgência
Mas que carência
Será mesmo?
Quanto custam as palavras?
O silêncio se perdeu de vista
O som levou todos
Pare o tempo com as imagens
E que os batuques cessem
E que o agudo se ouça.
Parole, parole.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O poeta e a língua

O poeta não mente
nem finge
O poeta se dilacera em frente às palavras
E elas são suas testemunhas.
Ele se rasga, se mutila, e se recria.
Deixa de pronunciar para dizer nas entrelinhas
o que nem ele sabe dizer.
A língua ri da cara do poeta
E diz que ele nunca chegará a lugar nenhum
Mas antes disso ele já havia se movimentado
E é ele quem ri por último.
A língua se sente usada, traída.
Por não representar nada daquilo que o poeta sentia.
Era isso mesmo que ele queria
A oportunidade de fingir um pouco.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A lua

A lua linda lá fora
E as lágrimas presas aqui dentro
Qual o motivo dos seus atos?
Desencanto pelo meu encanto alheio?
Tratas de uma pedra melhor
Quando o seu diamante está aqui
The biggest one of the last months.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Rodô o q?

Olá vc.
Vc que pensa muito e sente pouco.
Não preciso aceitar a fugacidade de nosso amor.
Eu ainda amo a maioria das pessoas que já amei
De formas diversas, mas amo.
Ainda o amo.
Te amarei até quando não puder mais.
Ou até quando não tenha mais motivos pra amar.
Se esse amor será duradouro ou fugidio, só o tempo dirá.
Não eu, nem vc, nem Jodorowsky.
Por enquanto ele ainda existe.
Sei pq sinto.