quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Animal inverso

Adentro o espaço de pilares brancos
Que tu já não foges de tamancos
Encontra-me nos labirintos perdidos
E dá-me uma sova em frente a leões famintos

Costura os retalhos amontoados
Clama por um som mais adequado
Rasteja veemente rumo à presa
Que sente a presença da alma presa

Fulanos e ciclanos participam da festa
À luz daqueles que veem pela fresta
Enfiam seus talos em orifícios imundos
Rasgam a voz do indivíduo moribundo

Animal inverso, eis o que sou
Ou o que me tornei diante de mim
Animal inverso, controle-se
É o que pedem os equilibristas

Surjo pálido e sem ânimo
De um clarão de vivência proibida
Sofro as ganas de uma liberdade contida
Canto canções de teor profano

Músicas condenadas de sopro vazio
Acalentadas por mouras no cio
Animal inverso, pare de uivar.
Animal inverso, nunca vai se calar?

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Tempos de escuridão boreal

Both have got fat and old, but just one is gonna survive.
Quem é que alimentou os pombos? Eu disse para não fazer isso.
Quem deu comida na boca dos famintos?
Quem arregalou a garganta num gesto obsceno?
Quem viajou quilômetros para profanar o improfanável?
Quem cedeu ao desespero?
Quem cedeu ao animalesco?
Quem se safou de ter a mente ainda mais pesada?
A vida ce n'est pas facile. Je comprends.
Mais il y a des fois que...
Nous bisoin de vivre..
Complexo este esquema
mais bruto que o sol eterno
Que o fogo de Jah queime.
Trazendo hórdias e exequeles.
No fundo marinho azul.
Que parta o coração do homem de malta.
Convertendo fiéis de dorsos alados
Cometendo erros aqui presentes
Vivendo a única aventura do seu capítulo,
oremos.
Oh pai que mataste a mãe,
que maltrataste o filho,
que foste à guerra,
que rogaste pragas e causaste dilúvios de lágrimas,
não mereces nada, nem meia palavra.
Oh!

Glossário:

Hórdias: um grande número de qualquer coisa ruim.
Exequeles: mistura de esqueleto com quinquilharia. As coisas ruins que todos estão acostumados a colocar pra fora.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O tempo e o destino

Nos campos verdejantes de paz flamejante, caminha solitário o astuto algoz do destino.
Caminha como quem não quer nada, deslizando os dedos pelas ervas daninhas, admirando o esplendor das planícies apinhadas de um lilás formoso.
O que pensa o destino disto tudo? 
O ardor do flerte com a sorte já não é mais complacente.
A entrega da vida e da vontade cerca a sua mente.
Se não há destino, quem está no controle?
O tempo fala de capuz negros e voz lânguida:
Hão de se gozar os segundos e os milissegundos.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Let's take a shit

Let's take a shit
cause life is full of shit
Life is... wonderful
With all its bright colors
But humans are a big mess
And they're in war I confess
cause they have lost their hearts
somewhere in the milky way
Let's pray for them
Let's pray
Let's dance alone
Let's sing a song
Let's play the game
Let's play like kids
Let's pray
They can't find peace i must say
And I'm in love I confess
Let's danceeee
the world is really full of people
but you can find
you can only find
Peace in your heart
Yeah, they've lost their hearts
Let's sing along
Let's carry on
Let's say one day things can go another way
Let's dance
Let's take a shit