quinta-feira, 10 de maio de 2018

Ei!

Eu disse: Ei!
Como vai meu plebeu
Que se diz dono seu
Que tem fama de ateu
Mas não desce pro play
Ei gatão! Que tal meu quintal?
Quer colocar umas roupas no varal?
Meu bem, meu mal.
Seja meu bem, meu varão.
Não se finja de durão.


Morrissey ataca novamente

Eu disse Morrissey, não Morissette
Dessa vez não foram só os Smiths
The killers também estavam lá
Para deslizar sobre as peles montanhosas
Gatinhas dengosas, me ensinam a voar
Abaixo do capiroto, há um funil largo e grosso
Ventanas do desejo, desejo mesmo de mudar
A via expressa trás morte, mas também sorte
Dor no caroço do peito, repetem os erros do leito
Amor assim tão forte, não há de mudar com a morte
Amo como um leitão, como um bezerrão
As nádegas da sorte hão de emitir um parecer
favorável ao meu bem querer.
Sobre esses dias, estão lamentáveis
de uma fúria doentia, do ócio corrosivo
de noites de alvoroço.
Cadê meu almoço, moço?
Abrilhantar não custa nada,
só um saco de farinha do mesmo saco.

Cantoria resvalada

Oooôô

Cantoria na janela resvala
Num monte de aurora desboreada
Centauros percorrem a neblina
Com tantos tubinhos de morfina
Escanteia a melanina e faz serotonina
Sempre me guarde, me liberte e me ilumine.
Amém.