segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O cético

Vai o cético abrir as portas da consciência
aquele que não perdoa negligência
entrega-se a indulgência
Mas que carência
Será mesmo?
Quanto custam as palavras?
O silêncio se perdeu de vista
O som levou todos
Pare o tempo com as imagens
E que os batuques cessem
E que o agudo se ouça.
Parole, parole.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O poeta e a língua

O poeta não mente
nem finge
O poeta se dilacera em frente às palavras
E elas são suas testemunhas.
Ele se rasga, se mutila, e se recria.
Deixa de pronunciar para dizer nas entrelinhas
o que nem ele sabe dizer.
A língua ri da cara do poeta
E diz que ele nunca chegará a lugar nenhum
Mas antes disso ele já havia se movimentado
E é ele quem ri por último.
A língua se sente usada, traída.
Por não representar nada daquilo que o poeta sentia.
Era isso mesmo que ele queria
A oportunidade de fingir um pouco.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A lua

A lua linda lá fora
E as lágrimas presas aqui dentro
Qual o motivo dos seus atos?
Desencanto pelo meu encanto alheio?
Tratas de uma pedra melhor
Quando o seu diamante está aqui
The biggest one of the last months.