sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Te quero nunca te disse

te quero nunca te disse

mas tentei dizer

acho que disse

não sei dizer

evito o atrito direto

Mas queria você comigo

no âmbito desta casa

no âmbulo do meu livro

não gosto do que vejo

de poetas fingidores assim

pensam que engano

tudo o que escrevo de mim

não finjo a dor que deveras sinto

ela é real, sim eu não minto

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Nada, amor meu

Nada, amor meu

Eu queria escrever um poema pra você
Pra dizer o que não sei dizer.
Do quanto eu sofri —
e ainda sofro —
Por não saber medir
O tamanho do que sinto por ti.

Que me valha a sorte
De te encontrar por aí.
No olhar, um corte,
Por trás dos óculos —
Uma lágrima a cair.

Nas lâminas da morte,
Morrem os sentimentos,
Pra que, muitas vezes,
Se acabem os sofrimentos.
Se calem os reveses.

Não há anamnese
Que cure os ferimentos
Do coração no peito,
Da dor do indesejo.

Ensejo, não tenho. Aceito.
O que pode ser feito?
Nada.
Amor meu.